Autor: John Verdon
Editora: Arqueiro
Nota: 

Sinopse: No ano 2000, um criminoso que ficou conhecido como Bom Pastor matou seis pessoas em estradas, dentro de seus carros em movimento. Na época, ele enviou um manifesto à polícia no qual deixava claras suas motivações: uma cruzada solitária contra a ganância. Após o sexto assassinato, no entanto, encerrou a matança e nunca foi descoberto. Dez anos depois, uma jovem estudante de jornalismo está fazendo um documentário sobre os familiares das vítimas quando coisas estranhas começam a acontecer em sua casa. Objetos são trocados de lugar, maçanetas são afrouxadas, luzes se apagam sozinhas. Assustada, ela contrata Dave Gurney como consultor. Depois de ler o material sobre o caso – incluindo o perfil psicológico do assassino elaborado pelo FBI –, o detetive coloca em dúvida toda a lógica da investigação. Ao confrontar os agentes responsáveis, porém, Dave percebe que está mexendo em um ninho de vespas, o que fica evidente quando até pessoas que o apoiaram no passado se voltam contra ele. Agora seu único aliado é o antigo parceiro Jack Hardwick, um policial grosseirão e debochado que não esconde seu desprezo pelas autoridades. Com sua ajuda, Dave tem acesso aos relatórios confidenciais do caso e começa a própria investigação. Mais uma vez, ele se colocará em risco enquanto tenta provar seu ponto de vista e capturar o criminoso. Além de reunir todas as qualidades da série Dave Gurney – personagens bem construídos e uma admirável engenhosidade narrativa –, “Não Brinque Com Fogo” vai além: é um lembrete do poder da fé em si mesmo num mundo onde isso é cada vez mais raro.



ATENÇÃO: Esta resenha pode conter spoilers dos livros "Feche Bem os Olhos" e "Eu Sei o que Você está Pensando" !




No terceiro romance do escritor John Verdon, Não Brinque com o Fogo, o livro retorna com o famoso detetive aposentado, David Gurney, sem interesse pela vida, e em um tédio profundo, depois que esse recebera um tiro que o deixou em coma por seis meses, na resolução do caso que levou o assassinato de Lilian Perry, narrado no segundo livro, Feche Bem os Olhos.

Mas a história muda seu rumo quando Connie Clarke, uma antiga amiga do detetive, entra em contato para pedir que Gurney ajude sua filha, Kim Corazón, uma jovem estudante de jornalismo que está produzindo uma documentário para uma grande emissora de televisão dos Estados Unidos que baseia-se em expor os efeitos a longo prazo nos familiares das vítimas de um crime que aconteceu a dez anos atrás, onde o assassino, conhecido pelo codinome de Bom Pastor, matou seis pessoas em seus carros em movimento e, depois de entregar um manifesto explicando o motivo do ato para a polícia de Nova Iorque, nunca mais apareceu.

"Rumores podem ser mais eficientes que fatos".

Verdon mais uma vez escreve um caso onde seu protagonista, com uma mente sagaz, vai aos poucos juntando as peças do grande quebra cabeça. A Narrativa segue as mesmas características de seus dois livros anteriores. Consistente e sóbria, o autor sabe mesclar ação e suspense nos acontecimentos dos personagens, e ao mesmo tempo, descrição e contexto para dar solidez a história.

O autor já se mostrou ser ótimo em criar assassinos cada vez mais frios e desequilibrados. E com um raciocínio extraordinário, Bom Pastor é um gênio. Seu pensamento extremamente lógico e calculista, fez dele, um dos melhores assassinos psicopatas já criado. Obviamente, o Bom Pastor entrou para minha lista de vilões e assassinos favoritos.

A resenha recebe quatro estrelas porque apesar de ter um enredo envolvente, algumas pontas que foram abertas no trilhar da narrativa, que faziam com que o leitor pensasse ter seu significado, continuaram abertas, se mostrando dispensável para o contexto e desfecho do caso. Mas fora isso, o livro é brilhante. Com uma ótima introdução e uma justificativa surpreendente, Verdon mais uma vez me conquistou. Se mostrando cada vez mais, um excelente escritor de suspenses policiais. Sem dúvida nenhuma, Peter Pan tem que Morrer, quarto livro da série, já está nas minhas próximas leituras. 


Obrigado e até a próxima.
Abraços!

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